Cursos como o de Administração de Empresas estão adotando novos currículos para fomentar o empreendedorismo e vencer a crise econômica.

Muitos estudantes buscam ingressar em universidades assim que deixam as salas de aula do ensino médio. A medida pode ser considerada um grande investimento na carreira profissional daqueles que se interessam em ter conhecimentos práticos e teóricos visando o negócio próprio, além de não sofrer com os efeitos negativos ocasionados pelo desequilíbrio financeiro que vem assolando a economia do país.

Pensando neste público-alvo, entre os dias 15 e 16 de setembro, a Universidade de Taubaté (Unitau) ofereceu a Feira de Profissões. O evento contou com estandes expositivos sobre a maioria dos cursos da instituição nas áreas de Humanas, Exatas e Biociências, tirando dúvidas e introduzindo os vestibulandos ao contexto acadêmico.

Um dos destaques na programação foi a carreira de Administração. O curso trata da gestão de organizações sócio-produtivas, interagindo com outros segmentos, como Contabilidade e Economia.

Foto: businessnewsdaily.com

Odir Cantanhede Guarnieri, pesquisador e professor de Administração Mercadológica (Marketing) na Unitau há aproximadamente 12 anos, afirma que a procura pela profissão está maior e aponta um dos motivos para a busca. “No momento que vivemos hoje, esses cursos vão possibilitar que o aluno galgue postos mais altos e mais rapidamente nas empresas”.

Ainda segundo Guarnieri, o número de adolescentes que ingressam no ensino superior visando o negócio próprio também é significativo, o que diminui os riscos de fracasso no mercado. “Esse curso cai como uma luva, porque você não vai enfrentar as situações estatísticas que o Sebrae coloca de que muitas pessoas têm boas ideias, mas não têm conhecimento de gestão”, afirma. O professor defende que, para ter sucesso, o profissional deve contar com capacidades criativas e inventivas, criando diferenciais para o público-alvo de seu negócio.

Quando questionado acerca da possível “saturação” de profissionais administradores no mercado e os impactos negativos da crise econômica sofrida pelo país, o professor enfatiza que o aspecto mais importante é apostar em táticas novas, pois se o investimento for feito numa única fórmula, os resultados jamais serão diferentes. “Ser empreendedor faz parte da sociedade em que vivemos, do sistema capitalista. Mas você pode ser empreendedor em diversas áreas. Tem as startups que estão inovando na área de TI, tem pessoas que estão trazendo conceitos novos na área alimentícia e em diversos setores. Então a palavra ‘saturado’ é difícil de ser colocada nesse contexto”, rebate.

A administradora Bruna Almeida Gasetta é formada há três anos e é proprietária de uma rede de lojas de calçados em São José dos Campos, SP. Sua família está no ramo há mais de 25 anos, e ela garante já ter desenvolvido estratégias para crescer profissionalmente, agindo com mais maturidade e liderança no trabalho, mesmo durante fases financeiramente complicadas. “Uma coisa que se aprende, não só com o curso de Administração, mas com anos de empresa, é que crises vêm e vão. Portanto, é importante sempre trabalhar com uma reserva financeira para os momentos difíceis”, indica.

O empreendedorismo parece ser a solução mais viável para enfrentar as dificuldades da realidade econômica do Brasil. Expondo tal cenário, o professor Guarnieri alerta para a importância de se investir no diploma de nível superior. “Não é porque você fez o curso e montou seu negócio, que será um sucesso. Existem outras variáveis. Mas, o curso de administração consegue minimizar muito o risco”, observa.

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